postheadericon Caps AD: Palestra sobre o apoio familiar aos dependentes químicos

CAPS AD

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps AD) realizou na manhã desta sexta (14/7) uma palestra sobre o apoio familiar ao dependente de álcool e outras drogas. A explanação faz parte do Espaço Aberto, que toda segunda sexta-feira do mês convida um estudioso para debater temas da área com os pacientes do órgão e seus familiares. Psicanalista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Cristina Ventura explicou que a parceria com a família é fundamental para a superação do vício.


“A sociedade não está preparada para entender quem tem problema. Existe uma cultura de culpabilização dessa pessoa e de exclusão social. Nós, profissionais, junto com a família, construímos em conjunto as estratégias para o processo de cuidado”, afirmou.


É o caso do paciente Sergio que levou sua irmã Regina para relatar sua experiência no trato com o alcoolismo.


“É uma parceria, estou sempre do lado dele, nunca desisti, mesmo nas situações mais difíceis”, contou, aproveitando para elogiar o trabalho no Caps AD e a atenção de seus profissionais.


Outros usuários e membros de família também puderam compartilhar seus casos e receber a atenção e apoio dos demais.


“Eventos coletivos, fora do atendimento imediato que já é realizado pelo Caps AD, podem alcançar mais pessoas, trazendo efeitos no tratamento psicossocial e na própria cultura da população”, explica a diretora da unidade Marcela Garcia.


Ao final da apresentação, profissionais do Grupo de Família da unidade apresentaram seu trabalho no acolhimento e se colocaram à disposição para dar o suporte aos familiares de todos que passam por essa dificuldade na área de Saúde Mental. O grupo se reúne às 10h das sextas-feiras.


Segundo a organizadora do Espaço Aberto, Arlete Inácio, a próxima palestra será em agosto sobre a relação da dependência do álcool e outras drogas com a questão do trabalho.


A política dos Caps iniciou em 2002 pelo Ministério da Saúde vindo da luta pela reforma psiquiátrica e antimanicomial desde a década de 1970, na intenção de ressocializar os pacientes de Saúde Mental por fora da lógica da internação compulsória e do hospital.