postheadericon Semana de Enfermagem e Serviço Social

18813914_1437235216336632_6818815813471598943_n

Encerrando o mês do enfermeiro, o Departamento de Supervisão Técnica e Metodológica (Desum) da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Niterói realizou a 3ª Semana Integrada Enfermagem, Serviço Social e Práticas Integrativas & Complementares em Saúde - Intersetorialidade, Saúde e Bem-estar na Perspectiva da Atenção Integral à Saúde. O principal objetivo do evento foi a troca de informações destes profissionais sobre o trabalho de cada equipe na rede. O evento ocorreu nesta quarta-feira, dia 31, no auditório do Núcleo de Educação Permanente e Pesquisa (NEPP) da Policlínica de Especialidades Sylvio Picanço, no Centro.


A primeira convidada, coordenadora do Saúde na Escola, Tatiane Mariz, falou sobre o programa, que, segundo ela, promove saúde junto às crianças e adolescentes das escolas do município, considerados agentes multiplicadores da informação em suas famílias, em campanhas de combate ao Aedes aegypti e de doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo.


Segundo Tatiane, o enfermeiro é um articulador na aproximação da saúde com a Educação, fomentando modificação no ambiente escolar. “Nesse e em outros programas  de saúde que observo, os enfermeiros são protagonistas nas tomadas de decisões, profissionais que possibilitam as mudanças, e por isso a necessidade do conhecimento e respeito por esse profissional”, defendeu.


Na segunda mesa, sobre o trabalho do assistente social, a psicóloga Joana D’Angelo apresentou o Consultório na Rua, programa municipal que coordena desde 2014. Com equipe multidisciplinar, realiza atendimento itinerante aos moradores de rua. “Todo o trabalho que o Médico de Família faz nas unidades, nós fazemos na rua, com todas as dificuldades que existem ao lidar com quem está em situação de vulnerabilidade”, afirmou.


Seguindo a política de redução de danos para aqueles que fazem uso de drogas e referenciando o futuro paciente para tratamento em unidades de saúde, mesmo quando os usuários não têm CPF, a equipe é a mesma de 2014, o que garante maior vínculo e confiança junto a esta população. De acordo com Joana, “temos que atender com o olhar diferenciado. A pessoa tem uma história de vida que a coloca naquela situação. Precisamos escutar e sermos sensíveis no acolhimento, e manter a interface com outras instituições, como as jurídicas, filantrópicas, etc”.


Complementando sua fala, a assistente social do Consultório na Rua, Maria Martins, relatou um caso de um acolhimento na rua em que depois a pessoa conseguiu ser tratada na unidade básica de Santa Bárbara. A assistente social desta unidade, Andréia Ledig, lembrou da questão do gênero na profissão. “No começo do século XX, as mulheres buscavam o direito à voz, ao voto, a poder andar. E como ser cidadã sem ter um trabalho? Transformamos a maternidade, o cuidar, que já fazíamos, em profissão”, pontuou.


Após as falas, foi aberto espaço para o debate com os demais convidados. Alguns dos temas tratados foram a importância da Saúde Bucal nas escolas; a discriminação que os moradores de rua passam, a sua maior incidência em época de crise econômica como sua invisibilidade e criminalização por parte da população; e o atendimento às pessoas “trans”, que devem ter seus nomes sociais respeitados.


Ao final da atividade, a terapeuta holística Verônica França realizou com os presentes. uma oficina de automassagem e sensibilização com música, poesia e meditação.