postheadericon Servidora em Foco: Maria Lucia (Sergio Arouca)

 

 

Quem costuma ser atendido na Policlínica Regional Dr. Sérgio Arouca no Vital Brazil, pode não saber, mas ela é gerida por uma verdadeira atleta. Dentista de formação, mas desde 2015 na direção dessa importante unidade da saúde do nosso município, Maria Lúcia Carvalho Veiga é natural de Santo Antônio de Pádua, cidade localizada há quase 250 quilômetros de Niterói, mas já mora há mais tempo por aqui que já é mais niteroiense do que muita gente.



E por falar em quilômetros, quando não está atuando em prol do SUS, ela se desafia em corridas de rua e já pode ser considerada uma experiente meia maratonista que mais uma vez correu os 21 quilômetros da Meia Maratona do Rio. No entanto, a meta é dobrar essa distância e se tornar maratonista nos 42.192m da Maratona do Rio em breve.



Nome completo e idade?

Maria Lucia Carvalho Veiga, 60 anos



Formação profissional?

Sou dentista de formação formada há 36 anos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.



Está há quantos anos trabalhando na FMS?

Eu fiz o concurso público para a Fundação Municipal de Saúde em 1992, trabalhei por 15 anos lá na Policlínica Comunitária de Jurujuba onde fiz grandes amigos e comecei a descobrir o SUS lá atrás há muito tempo.



Como é trabalhar na Policlínica Regional Dr. Sérgio Arouca?

O desafio começou há oito anos com o convite da então secretária municipal de Saúde Maria Célia para gerenciar a unidade. A princípio eu recusei por julgar que eu não teria condições de fazer um trabalho de gestão, mas ela apostou em mim e deste então eu estou no Sérgio Arouca, com muito orgulho. 



Como é dirigir uma policlínica tão importante para a saúde do município de Niterói? 

Realmente é um desafio incrível, eu costumo dizer que eu descobri o SUS depois que eu fui para a gestão. Conheci várias pessoas, fiz vários amigos e comecei a ver que o SUS realmente impressiona pela quantidade de gente que a gente atende, pela quantidade de exames que se faz, pela quantidade de usuários que são atendidos. Eu sou uma pessoa que gosta de desafios e mesmo sem ter uma formação de gestora, fui aprender, estudar e estou muito feliz no que eu faço. Tento mostrar a minha equipe que a gente tem que ser muito comprometido naquilo que a gente tem que fazer, ter muita garra e mais uma coisa que eu acho que é fundamental, que é fazer o melhor sempre. Se não deu para fazer o melhor hoje, vamos fazer amanhã e assim tentando com que a excelência venha.  



Em todos esses anos quais foram os momentos mais especiais para você? 

A pandemia mudou a minha forma de ver a vida, antes a gente fazia grandes campanhas de vacinação, mas nela foi diferente. Enfrentamos com medo, mas eu tinha que mostrar coragem pra mim, minha equipe e minha família. Eu me considero uma pessoa vitoriosa, pois vencemos o coronavírus e continuamos vivos. Viver para enfrentar essa doença e sair vencedora, acho que foi um dos momentos mais impactantes da minha vida.  Eu mostrei toda a minha garra e vontade de vencer na pandemia, pois eu não tive medo. Eu acordava cedo, ia para a Policlínica e saia todos os dias às 17h, campanha de vacinação da covid-19 e aquela loucura de vacinar mais de 3 mil pessoas quase diariamente.  

Como a corrida surgiu em sua vida? 

A corrida surgiu na minha vida há 18 anos, talvez de forma diferente do que costuma acontecer com a maioria das pessoas. Eu tenho três filhas e apesar de ser magra, eu continuava querendo ser magra. Eu vi que as mulheres que correm são magrinhas e comecei a correr (risos). Quando eu completei o meu primeiro quilômetro foi uma sensação incrível que eu senti, depois veio o segundo quilômetro e o quinto, vieram as provas e eu já perdi as contas de quantas eu fiz. A corrida me ajudou a superar e a fazer um caminho muito legal na minha vida, porque se eu consigo completar uma prova, eu também consigo resolver uns problemas difíceis, ela me deu saúde física e mental.  



Como você consegue encaixar os treinos na sua rotina profissional? 

Eu acordo 5 da manhã quase todos os dias, treino por conta própria por falta de tempo, mas acho fundamental ter um acompanhamento profissional. 



Como foi a experiência de correr os 21 quilômetros da meia maratona do Rio?  

Eu corro há bastante tempo essa prova maravilhosa, adoro o que antecede que é pegar o kit, tirar foto. Treino bastante com muito afinco. Hoje em dia inclusive eu só participo de provas de 21 quilômetros, é onde eu me desafio atualmente. Eu tinha planos de correr a Maratona mesmo, os 42 quilômetros, esse ano. Mas não consegui me inscrever, porém ano que vem eu vou continuar me preparando e vou correr. 



Deixe uma mensagem para os servidores que também correm ou que pratiquem outros esportes. 

Todos os especialistas dizem que qualquer atividade física faz bem à saúde. O grande ganho da corrida é que ela pode ser feita por qualquer pessoa. Você começa andando, caminhando e depois você está correndo e os benefícios dos hormônios da felicidade que são liberados durante a atividade e que faz a gente se sentir muito bem. Eu fiz 60 anos e não tomo nenhum medicamento. Ninguém acredita que eu tenho essa idade, acham que eu tenho menos e isso é por conta da atividade física.