postheadericon Polvos de crochê ajudam na recuperação de bebês internados

 

Pode um brinquedo em crochê ajudar no tratamento de bebês internados? O projeto OctoNiterói prova que sim, na distribuição de polvos em crochês que atuam como uma continuidade da vida uterina, com a cabeça simulando o útero e os tentáculos, o cordão umbilical. A iniciativa, movida por voluntários, foi abraçada pelo Hospital Pediátrico Getulio Vargas Filho, o Getulinho do Fonseca, e o Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), no Centro. Reunidos no Getulinho, Liana Ribeiro, Arlete Paiva, Manoel Azevedo, Ana Cristina Maia e Monica Mattos realizaram nesta quarta-feira (26/04) novas doações dos bonecos-polvos.

Voluntários, a equipe coordenada por Monica, pede doações de linhas e fibras em sua sede na Casa Azul, no Fórum de Economia Solidária de Niterói (Av. Amaral Peixoto, 901) – nas quartas, das 13h às 16h. Na sexta-feira (28/04), das 8h às 15h, a equipe estará na Feira da Praça das Águas na Rua Amaral Peixoto, no Centro, perto do Centro Educacional de Niterói, vendendo artefatos como bolsas para fortalecer no financiamento do projeto que também ajuda entidades como a APAE e um asilo em São Gonçalo.

Ouvindo a conversa dos voluntários sobre o OctoNiterói, a mãe Vitoria Jessica elogiou: “meus gêmeos Noah e Gael ganharam os brinquedos de vocês quando nasceram prematuros no HUAP. Hoje em dia, eles estão 100% bem e continuam brincando com os polvos”.

Um dos novos bebês apreciados com o polvinho, foi o Lucas Oliveira, de 3 meses, que foi destubado pouco antes de ganhar o mimo. O menino está se recuperando de uma pneumonia e uma bronquiolite. “Estamos em uma sazonalidade de doenças respiratórias”, explica Liana Ribeiro justificando o aumento desses casos. Lucas estava com os olhos abertos e encantados com o pequeno polvo verde que segurava.

“Essa melhoria não é só para o bebê como também para a mãe. O atendimento deve ser humanizado por completo, incluindo toda a família”, afirmou a responsável técnica de enfermagem do Getulinho, Marcela Alpino.

Uma das voluntárias, Liana Ribeiro, que também já trabalhou como diretora de enfermagem no Getulinho, explica que o projeto começou na Dinamarca em 2013: “É uma forma de sensibilização dentro de um ambiente de doenças, além de ter um fator importante de impedir que as crianças retirarem os tubos e dispositivos de acesso do corpo”.

Nesta linha, a diretora da unidade, Elaine López, comemora: “Ficamos felizes pela oportunidade de participar dessa nova fase do Projeto Polvo. O projeto avança ao perceber sua potencialidade terapêutica para além do acolhimento e abordagem lúdica já conhecidos. São muito bem-vindos ao Getulinho e se somam as iniciativas de humanização já existentes na instituição.”