postheadericon Abril Azul: UMAM realiza roda de conversa sobre autismo

 

Aconteceu na tarde da quarta-feira (12/04), na Unidade de Pronto Atendimento Mário Monteiro, uma roda de conversa sobre o mês da Conscientização do Autismo, o Abril Azul. Durante o evento foram debatidos os aspectos e a importância da inclusão, interação social e aceitação de pessoas que possuem o transtorno do espectro autista (TEA). O objetivo era justamente quebrar tabus e paradigmas.

 

De acordo com a psicóloga da unidade, Valéria Vilar: “as intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social”. Valéria também reforça que essas intervenções têm impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores.

 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou autismo, é um transtorno em que a criança apresenta sinais de desenvolvimento não esperados para sua idade. Trata-se de um espectro, pois há diferentes graus: casos leves, moderados e graves.

 

É possível identificar traços compatíveis com TEA nos primeiros meses de idade ao observar atrasos no desenvolvimento. A baixa interação visual da criança, especialmente com a mãe, é um dos sinais.

 

Outros indicativos podem ser identificados à medida que a criança vai crescendo, como o hiperfoco - quando a criança brinca diversas vezes com o mesmo brinquedo e apresenta pouca interação com as pessoas e o ambiente ao redor.

 

Neuroplasticidade - Se for feita a estimulação precoce, é possível desenvolver as aptidões da criança, para que no futuro ela não tenha comprometimento mais grave do seu desenvolvimento e habilidades motoras, cognitivas e verbais.
 

Fluxo de atendimento - Como parte do mês comemorativo do Abril Azul, aproveitamos para explicar como funciona o fluxo de atendimento de quem é diagnosticado com autismo. O Hospital Pediátrico Getulio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca, recebe primeiramente as crianças que são analisadas pelo neuropediatra. Caso confirmado a condição, o usuário é encaminhado para terapias nas especialidades com psicólogos, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional - equipe multidisciplinar que vai atuar no atendimento daquela criança.

O Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi) Monteiro Lobato também  tem psiquiatria pediátrica. A unidade também tem salas de estimulação precoce, que é um dispositivo no tratamento do autista. Outras salas de estimulação são encontradas na Pestalozzi e Associação Fluminense de Reabilitação (AFR), unidades que estão conveniadas com a rede municipal .

“Hoje o paradigma está diminuindo, os preconceitos estão sendo superados e a rede pública de saúde está identificando os casos de autismo com antecedência”, afirmou Valeria Vilar, psicóloga da Unidade de Pronto Antedimento Mario Monteiro.