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postheadericon Violência e saúde da mulher é tema de palestra em Policlínica

maria celia

 

 

Dentro da programação do mês da mulher, esta segunda-feira (26) foi marcada por um importante debate na Policlínica Sérgio Arouca, no Vital Brazil. A violência contra a mulher e sua relação com a saúde foi tema de palestra organizada pelo Departamento de Supervisão Técnico-Metodológica (DESUM) da Fundação Municipal de Saúde (FMS).


“O debate sobre essa questão é um assunto mundial e infelizmente está na rotina de muitas mulheres, como podemos acompanhar nos noticiários e nas ruas”, afirmou Odila Curi, chefe do DESUM, abrindo os trabalhos. “Eventos como esses refletem e promovem ações para redução dos índices de violência”, sintetizou.


Órgão fundamental para a coleta de dados que servem de base para elaboração de estratégias de promoção da saúde, a Coordenação de Vigilância em Saúde (COVIG) esteve representada por Ana Lúcia Eppinghaus: “Dentro da COVIG realizamos relatórios com avaliações sobre a violência para pensarmos em formas de evitar novos episódios. O problema é que muitas vezes essa violência é naturalizada dentro da sociedade”.


Outra convidada da mesa, representando a Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim), Ana Lúcia Fernandes, afirmou que o atendimento para a mulher vítima de violência já está consolidado há 15 anos, inaugurado pela professora Rosalia Lemos. “Realizamos a escuta qualificada por uma equipe técnica que encaminha para os setores competentes”. Segundo ela, a mulher tomou mais consciência e coragem para denunciar os casos de violência, que também devem ser vistos como questão de saúde pública. “Nesse mês realizamos mais de 70 atividades com a parceria de diversas instâncias da Prefeitura”, lembrou.


Representantes do Conselho das Mulheres e da Federação de Associação de Moradores (FAMNIT) também estiveram presentes. “Os conselhos são essenciais para acompanhar as políticas públicas”, afirmou Marisa Vargas, reclamando da baixa representação das mulheres nos cargos eletivos. Pela FAMNIT, Jo Dutra afirmou: “Para evitar esses casos de violência realizamos o trabalho no empoderamento das mulheres em núcleos de discussão dentro das comunidades, para que elas conheçam seus direitos".


Todas as participantes dessa primeira mesa citaram o recente do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e de seu motorista Anderson Gomes: “Precisamos manter a energia nessas homenagens que estão sendo feitas para nossa luta diária enquanto mulheres”, afirmou Ana Eppinghaus, enquanto Jo Dutra disse que “com o acontecido a democracia também foi baleada. Marielle somos nós, nossa força e nossa voz”.

 

Evento teve duas mesas


Na segunda mesa foi especificado com mais detalhes como funciona a notificação dos casos de violência. “Como parte da Coordenação de Prevenção da Violência, temos núcleos em três unidades e fornecemos os dados para o trabalho de outras categorias, como a assistência social e os profissionais de educação”, explicou a psicóloga Sonia Siqueira.

Sanitarista, Mariana Ramos trouxe seu trabalho de mestrado sobre o preenchimento dos casos de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). “O projeto terapêutico deve ser interdisciplinar e integral, quebrando o paradigma que a saúde é apenas ausência de doença”, afirmou. Com a utilização de gráficos, Mariana apresentou as diversas variáveis nas notificações de violências como idade, tipo de violência e perfil do agressor. Segundo ela, “os dados são utilizados para quem está trabalhando na ponta, para atender melhor e aplicar políticas públicas”.

Para encerrar, a Dra. Fabia Lisboa apresentou a estratégia de saúde no caso de violência sexual. No combate ao HIV, a recomendação é rápida utilização do PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV), o antirretroviral que deve ser tomado em até 72 horas após o contato sexual. “É necessária a urgência médica e o acolhimento ágil, evitando encaminhamentos desnecessários que aumentam o constrangimento da pessoa”, lembrando também do combate a Hepatite B por imunoglobulina e da realização do exame de gravidez e, quando positiva, a contracepção de urgência.

A secretaria de saúde, Maria Célia Vasconcellos, saudou o evento: "muito importante esse papel de mostrar o que está sendo feito na saúde pública do município e dessa parceria com outras instâncias do governo".

 

 

 

 


 
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